Segundo o deputado O evento é custeado pelos cofres públicos, conta com estrelas da música religiosa, e o título que não cabe à Rita, que é uma cantora conceituada da música popular brasileira e que, em 2003, lançou o projeto Tecnomacumba como um resgate da influência da música e das tradições dos povos de terreiro em nossa cultura. Rita reafirma a nossa identidade cultural, e seu projeto não pode ser entendido como uma forma de proselitismo religioso, como fazem Aline Barros e Fernanda Brum, por exemplo, senão por uma grande dose de desonestidade intelectual.
O deputado completa alertando a população: "Este episódio nos alerta para a ameaça da intolerância e do fundamentalismo para além da questão religiosa; vemos claramente o risco à cultura e à gestão do bem público! Apesar da laicidade do Estado, o prefeito, Gilmar Olarte, e a diretora da Cultura utilizam do erário para a promoção de uma única religião - a deles, no caso -. Fato que ganha peso diante do recurso à decisão do Ministério Público que determina a abertura às outras religiões. As fala do prefeito, de que “A Quinta Gospel é dos evangélicos”, é emblemática: não há espaço nas políticas locais para nenhuma outra religião. Segundo Juliana Zorzo, quem quiser espaço deve procurar o Legislativo, para que ele produza uma lei específica!
Mesmo que Rita fosse uma cantora religiosa - e não é! -, não cabe ao governo que abre os cofres para o proselitismo evangélico determinar qual outro canto religioso pode ser apresentado em um evento público, custeado por um contingente de pessoas que não são em sua totalidade religiosas, quanto mais evangélicas. Mais uma vez, vemos o fundamentalismo intolerante tentando suplantar a Constituição. Não podemos nos calar!"
Resta-nos aguardar para saber se a música de Rita Benneditto terá liberdade para outros eventos realizados com dinheiro de cofres públicos.
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